Teorema de Taylor

Em cálculo, o Teorema de Taylor, recebe seu nome do matemático britânico Brook Taylor, quem o enunciou em 1712. Este teorema permite aproximar uma função derivável na vizinhança reduzida em torno de um ponto a: E (a, d) mediante um polinômio cujos coeficientes dependem das derivadas da função nesse ponto. Em termos matemáticos: Se   n {\displaystyle \ n} ≥ 0 é um inteiro e   f {\displaystyle \ f} uma função que é derivável   n {\displaystyle \ n} vezes no intervalo fechado e n+1 no intervalo aberto ]   a {\displaystyle \ a} ,   x {\displaystyle \ x} [, então, deduz-se que:

f ( x ) = f ( a ) + f ′ ( a ) 1 ! ( x − a ) + f ( 2 ) ( a ) 2 ! ( x − a ) 2 + ⋯ + f ( n ) ( a ) n ! ( x − a ) n + R {\displaystyle f(x)=f(a)+{\frac {f'(a)}{1!}}(x-a)+{\frac {f^{(2)}(a)}{2!}}(x-a)^{2}+\cdots +{\frac {f^{(n)}(a)}{n!}}(x-a)^{n}+R}

f ( x ) = ∑ k = 0 n f ( k ) ( a ) k ! ( x − a ) k + R {\displaystyle f(x)=\sum _{k=0}^{n}{\frac {f^{(k)}(a)}{k!}}(x-a)^{k}+R}

Onde,   n ! {\displaystyle \ n!} denota o fatorial de   n {\displaystyle \ n} , e   R {\displaystyle \ R} é o resto, termo que depende de   x {\displaystyle \ x} e é pequeno se   x {\displaystyle \ x} está próximo ao ponto   a {\displaystyle \ a} . Existem duas expressões para   R {\displaystyle \ R} que referem-se à continuação:

R = f ( n + 1 ) ( ξ ) ( n + 1 ) ! ( x − a ) n + 1 {\displaystyle R={\frac {f^{(n+1)}(\xi )}{(n+1)!}}(x-a)^{n+1}}

onde   a {\displaystyle \ a} e   x {\displaystyle \ x} , pertencem aos números reais,   n {\displaystyle \ n} aos inteiros e   ξ {\displaystyle \ \xi } é um número real entre   a {\displaystyle \ a} e   x {\displaystyle \ x} .

R = ∫ a x f ( n + 1 ) ( t ) n ! ( x − t ) n d t {\displaystyle R=\int _{a}^{x}{\frac {f^{(n+1)}(t)}{n!}}(x-t)^{n}\,dt}

Se   R {\displaystyle \ R} é expresso da primeira forma, é denominado Termo complementar de Lagrange, dado que o Teorema de Taylor enuncia-se como uma generalização do Teorema do valor médio ou Teorema de Lagrange, enquanto que a segunda expressão de R mostra ao teorema como uma generalização do Teorema fundamental do cálculo integral.

Para algumas funções   f ( x ) {\displaystyle \ f(x)} , pode-se provar que o resto,   R {\displaystyle \ R} , aproxima-se de zero quando   n {\displaystyle \ n} aproxima-se do ∞; tais funções podem ser expressas como séries de Taylor em uma vizinhança reduzida ao redor de um ponto   a {\displaystyle \ a} e são denominadas funções analíticas.

O teorema de Taylor com   R {\displaystyle \ R} expresso da segunda forma é também válido se a função   f {\displaystyle \ f} tem números complexos ou valores vetoriais. Além disso, existe uma variação do teorema de Taylor para funções com múltiplas variáveis.

Teorema de Taylor para várias variáveis

O Teorema de Taylor pode ser generalizado para o caso de várias variáveis da seguinte forma: seja B uma bola em RN de centro a, e f uma função de valores reais definida no fecho B ¯ {\displaystyle {\bar {B}}} , possuindo n+1 derivadas parciais contínuas em todos os pontos. O teorema de Taylor afirma que para qualquer x ∈ B {\displaystyle x\in B} , temos

f ( x ) = ∑ | α | = 0 n 1 α ! ∂ α f ( a ) ∂ x α ( x − a ) α + ∑ | α | = n + 1 R α ( x ) ( x − a ) α {\displaystyle f(x)=\sum _{|\alpha |=0}^{n}{\frac {1}{\alpha !}}{\frac {\partial ^{\alpha }f(a)}{\partial x^{\alpha }}}(x-a)^{\alpha }+\sum _{|\alpha |=n+1}R_{\alpha }(x)(x-a)^{\alpha }}

onde o somatório é feito sobre os multi-índices α (onde se utiliza a notação multi-índice nessa fórmula).

O termo restante satisfaz a desigualdade

| R α ( x ) | ≤ sup y ∈ B ¯ | 1 α ! ∂ α f ( y ) ∂ x α | {\displaystyle |R_{\alpha }(x)|\leq \sup _{y\in {\bar {B}}}\left|{\frac {1}{\alpha !}}{\frac {\partial ^{\alpha }f(y)}{\partial x^{\alpha }}}\right|}

para todo α onde |α| = n + 1. Tal qual no caso de uma variável, os termos de resto podem ser expressos explicitamente.

Ver também