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[1] Besouro-hércules | |||||||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||||
Dynastes hercules (Linnaeus, 1758)[3] | |||||||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||||||
![]() O besouro-hércules (D. hercules) é encontrado na região neotropical e atualmente endêmico das ilhas de Guadalupe e Dominica, nas Pequenas Antilhas; um arquipélago localizado ao norte da América do Sul, no mar do Caribe; graças a um estudo que tornou suas diversas subespécies em novas espécies (HUANG, 2017).[3]
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Sinónimos | |||||||||||||||||||||
Scarabaeus hercules Linnaeus, 1758[4] |
O besouro-hércules[1] ou simplesmente hércules[5] (denominado popularmente, em inglêsː Hercules beetle;[6][7] em espanholː escarabajo Hércules)[8] é um inseto da ordem Coleoptera e da família Scarabaeidae, subfamília Dynastinae, cientificamente denominado Dynastes hercules;[2][3] um besouro do tipo escaravelho cujo habitat atual é endêmico das ilhas de Guadalupe e Dominica, nas Pequenas Antilhas; um arquipélago tropical localizado ao norte da América do Sul, na região neotropical envolta pelo mar do Caribe; onde fora coletado o seu tipo nomenclatural; reduzindo-se a sua distribuição geográfica graças a um estudo publicado em 2017 por J.P. Huangː The Hercules beetles (subgenus Dynastes, genus Dynastes, Dynastidae): a revisionary study based on the integration of molecular, morphological, ecological, and geographic analyses.[3] A espécie fora descrita em 1758, por Carolus Linnaeus, com a denominação Scarabaeus hercules em seu Systema Naturae,[4] sendo o significado da palavra usada em seu descritor específico (hercules), em latim, dado em homenagem ao herói da mitologia grega, filho de Júpiter.[5]
Antes do ano de 2017 o besouro-hércules possuía diversas subespécies que foram divididas em espécies diferentes por J.P. Huangː Dynastes moroni Nagai, 2005; Dynastes bleuzeni Silvestre and Dechambre, 1995; Dynastes ecuatorianus Ohaus, 1913; Dynastes lichyi Lachaume, 1985; Dynastes morishimai Nagai, 2002; Dynastes occidentalis Lachaume, 1985; Dynastes paschoali Grossi and Arnaud, 1993; Dynastes reidi Chalumeau, 1977; Dynastes septentrionalis Lachaume, 1985; Dynastes trinidadensis Chalumeau and Reid, 1995.[3] Estudo este corroborado pelo iNaturalist (Taxonomic Split 74575).[9] Seus taxa são predominantes nas florestas tropicais montanhosas e de planície do lado Pacífico da cordilheira dos Andes até a bacia do rio Amazonas.[6]
Este gênero se encontra dentre os maiores besouros extantes, podendo chegar até pouco mais de 18 centímetros de comprimento,[6][7] sendo mais da metade desta medição alcançada pelos descomunais cornos, em forma de pinças curvas e pubescentes, principalmente a superior, que os machos carregam na parte frontal do protórax e no topo de suas cabeças; apresentando dimorfismo sexual aparente, com suas fêmeas mais discretas, castanhas e desprovidas de tais projeções.[1][10][11] O macho é capaz de mudar de cor com a umidade; na baixa umidade os seus élitros são amarelos ou verde-oliva, mas em alta umidade são negros, devido à alteração na refração da luz que neles incide.[6][7][10]
Os adultos voam ao crepúsculo ou durante a noite e o pico de sua atividade ocorre pouco antes do amanhecer, podendo ser atraídos pela luz;[7] embora seu voo não seja tão eficiente quanto o de outros insetos.[6] As larvas de Dynastes residem na madeira em decomposição, da qual se alimentam, sendo esta fornecida pelas árvores caídas ao solo; enquanto os indivíduos adultos são vistos escondidos na vegetação e no solo da floresta, sob a cobertura de folhas úmidas, sendo predominantemente frugívoros. São solitários e seus machos são territoriais e combativos durante a época de acasalamento, afastando os outros machos de suas fêmeas; os levantando entre os cornos cefálico e protorácico o mais alto possível e jogando-os abaixo;[6][12] com estudos sugerindo que eles possam levantar mais de 850 vezes o seu próprio peso corporal.[13] Também possuem a capacidade de produção de um som estridulatório e de um odor desagradável para dissipar ameaças de predação.[6][14]
Além de sua popularidade como animal de criação doméstica, no caso do adulto,[7] com um ciclo de vida total de cerca de três anos,[6] as larvas de espécies de Dynastes foram indicadas como sendo apreciadas por povos ameríndios como alimento; fato descrito por Johann Moritz Rugendas, no início do século XIX, quando esteve no Brasil.[11]